20 de janeiro de 2013

O que é um Nakshatra?





O que é um Nakshatra?

Na Astrologia Védica, além dos signos temos as constelações para a leitura do mapa, fazendo com que as previsões sejam muito claras e precisas.


A Astrologia Védica(hindu) tem um exclusivo sistema de previsão que se baseia na posição da lua em cada Nakshatra(constelação) no nosso mapa. Existem 27 nakshatras no total. Cada um deles cobre 13 graus e 20 minutos do zodíaco. Cada Nakshatra é o chefe de um grupo particular de estrelas.


O Nashatra onde está colocada sua lua vai dizer muitas coisas importantes sobre sua mente inconsciente, desejos e necessidades.




Como o Nakshatra influi na nossa vida?

O zodíaco é dividido em 27 zonas Nakshatra e ao percorrer o zodíaco, a Lua tem de passar por um dos Nakshatras. O Nakshatra em que a Lua estava colocada na hora exata do seu nascimento é chamado de Janma Nakshatra (nakshatra de nascimento). Previsões muito precisas podem ser feitas após verificar qual é seu Janma Nakshatra. Você pode explorar oportunidades através da interpretação adequada desse Nakshatra. Da mesma forma, você pode evitar os eventos e efeitos negativos se você tomar medidas corretivas. Nakshatras também estão associados com cores, símbolos, divindades, pedras etc


Nakshatras e os três mundos:


Segundo a mitologia hindu, existem três mundos ou 'lokas': Swarga Loka(Céu), Prithvi Loka(Terra)e Mrityu ou Narakha Loka (plano inferior). Os Nakshtras também estão divididos em três grupos, ou "ganas. Continua..


Ligia Dias

13 de janeiro de 2013

Valores institucionais e sociais



Mandala do Anahata chakra (coração).

Valores Institucionais

O Movimento Vedanta tem como características comuns certas tradições e valores. 

Enumeremos algumas delas:
     1. Nenhum envolvimento com milagres. Sri Ramakrishna nunca encorajou o interesse em poderes milagrosos por estes serem um grande obstáculo ao progresso espiritual. Espera-se dos seguidores do Mestre que sejam livres de hipocrisia religiosa e de pretensões espirituais.

     2. Ponto de vista contemporâneo. Em nossa maneira de viver, comportamento social, hábitos e atitudes pessoais, devemos ser modernos e progressistas. Vestígios dos costumes sociais do passado como distinção de castas não encontram lugar em nossas vidas, quer coletiva ou individualmente.

     3. Ausência de sectarismo. Swamiji declarava que algo que Sri Ramakrishna nunca gostou, era estabelecer limites para Deus. Deus tem infinitos poderes e pode assumir várias formas. Um verdadeiro seguidor de Sri Ramakrishna encara a todas as religiões como meios válidos para realizar a Verdade última, e sustenta que as várias práticas de cultos e técnicas espirituais são condizentes aos mais variados temperamentos humanos. Aqueles que pertencem ao Movimento Ramakrishna nunca deveriam se associar com grupos ou lideranças religiosas fanáticas.



     4. Nenhuma relação com política. Membros do Movimento Ramakrishna devem manter-se fora de partidos e ideologias políticas, e jamais deveriam se envolver em controvérsias de natureza política. Na Índia pré-independente, o interesse em soluções políticas emanava do patriotismo, mas depois da independência, ele tem assumido diferentes conotações. O cenário político atual é muito complexo, e o envolvimento com ele pode levar a sérias conseqüências.
Flor-de-lótus


     5. Amor. Sri Ramakrishna era a encarnação do amor, que manifestou-se integralmente através da Santa Mãe e do Swamiji Vivekananda, que sacrificaram a sua vida pelo bem da humanidade. O amor deste grandes personagens é a preciosa herança do Movimento Ramakrishna. O amor deve ser expressado externamente como hospitalidade. A hospitalidade tem sido a virtude venerável da cultura Indiana. E no Movimento Ramakrishna, a hospitalidade sempre tem sido associada aos nossos Ashramas.

Valores Pessoais 


    
 1. O caráter em primeiro lugar. As Religiões do mundo têm se tornado como que simulacros desprovidos de vida, disse o Swami Vivekananda. O que o mundo precisa é de Caráter. Inegoísmo, veracidade e pureza na vida pessoal são virtudes essenciais para um trabalhador do Movimento Ramakrishna. Para estarmos na condição de fazer o trabalho do Senhor nós necessitamos de força interior. A verdadeira força interior pode vir apenas através da pureza interior. Swamiji disse: Verdade, pureza e inegoísmo. Onde quer que estes estejam presentes, não haverá poder abaixo ou acima do sol capaz de dominar quem os possui. Equipado com estas virtudes, um indivíduo é capaz de enfrentar o universo inteiro em oposição a si. Nós temos que demonstrar através de nossas vidas a verdade desta sentença para o mundo.

     2. Espiritualidade. Embora a moralidade seja essencial, a mera moralidade não pode trazer a paz final ou a realização. É em busca de paz e realização definitivas que as pessoas chegam aos Ashramas. A despeito de todas as atividades que nós empreendemos, nossos Ashramas devem permanecer centros de paz e consolo. O Movimento Ramakrishna é pré-eminentemente um movimento espiritual. As pessoas do mundo estão sobretudo procurando por alimento espiritual Nós temos que prover a elas o pão da vida. É verdade com certeza que a fome física e a miséria da Índia é todavia o maior dos problemas. A despeito de todos os esforços do Governo, aproximadamente 40% da população permanece ainda na linha da miséria. Mas existe um desenvolvimento significativo na Índia pós-independente o fenômeno do crescimento da classe média. O numero de pessoas que pertencem à classe média Indiana pode ser maior que a população de muitos países da Europa. Em muitas cidades da Índia, aparte dos moradores dos bairros miseráveis, há um rápido crescimento da população da classe média. Nós temos que suprir as suas necessidades da mesma maneira. Eles não procuram o nosso socorro financeiro. Eles procuram é por alimento espiritual. E nós temos que ajuda-los a encontrar isto.

     3. Serviço Social. Introduzido pelo Swami Vivekananda, deve ser re-enfatizado. Embora os Governos estejam fortemente envolvidos em atividades de bem-estar social, e ainda existam, agora, uma gama de outras organizações ativamente engajadas no serviço social, a necessidade deste serviço não foi reduzida. Ao contrário, a urbanização, a industrialização, a reforma agrária, etc tem criado novos problemas sócio-econômicos.

Seleção do artigo"O papel dos chefes de família no movimento Ramakrishna" de Swami Gahanananda - Revista Vedanta Kesari maio de 1991

"O que é religião" de Swami Vivekananda


PRINCÍPIOS E PRÁTICAS 


"O que é religião" de Swami Vivekananda

A filosofia denominada Vedanta é antiqüíssima; é o resultado do vasto acervo da literatura ariana conhecida pelo nome de Vedas. Esta filosofia, a Vedanta, tem certas características.

     1. Em primeiro lugar, é absolutamente impessoal; não teve sua origem em nenhuma pessoa ou profeta: não foi instituída em torno de um homem. Contudo, não tem nada a dizer contra filosofias fundamentadas em torno de determinadas pessoas – com o budismo e muitas das seitas atuais. Cada uma tem um líder determinado, a quem presta fidelidade, como os cristãos e os muçulmanos. A Vedanta, porém é a base comum a todas essas várias seitas. Não há conflito nem antagonismo entre a Vedanta e qualquer outra tradição religiosa do mundo.

     2. A Vedanta estabelece o princípio - subjacente a todas a religiões – que o homem é divino, e tudo que vemos a nosso redor é o efeito dessa consciência do divino. Tudo que há de forte, bom e poderoso na natureza humana provém dessa divindade. Ainda que em muitos essa divindade esteja latente, não há, em essência, diferença entre um homem e outro, pois todos são igualmente divinos. É como se houvesse um oceano infinito por trás de nós, e você e eu fôssemos ondas surgindo desse oceano; cada um de nós está fazendo o possível para manifestar essa infinitude.

     3. Assim, cada um de nós possui, intrinsecamente, esse oceano inexaurível de Existência, Conhecimento e Felicidade por direito de nascimento, por nossa verdadeira natureza. A diferença entre nós é causada pelo poder, maior ou menor, de manifestar essa divindade.

     4. A Vedanta declara, portanto, que cada homem deve ser tratado não pelo que ele aparenta ser, mas pelo que ele é. Cada ser humano é divino, e por isso cada mestre deveria ajudar, não condenando, mas ajudando o homem a expressar a divindade que traz dentro de si.

     5. Ensina também a Vedanta que toda a vasta massa de energia que percebemos na sociedade, e que está presente em cada plano de ação, realmente vem de dentro para fora; e, portanto, o que as outras seitas chamam de inspiração, o vedantista pede licença para chamar de expiração do homem.

     6. O homem assemelha-se a uma infinita mola, comprimida numa pequena caixa, tentando expandir-se. Todos os fenômenos sociais que vemos resultam dessa tentativa de expansão. As competições, lutas e infortúnios que vemos a nossa volta não são nem a causa nem as conseqüências dessas expansões.

     7. A Vedanta afirma que o que ocorreu não foi uma inspiração religiosa única, a manifestação de um único homem divino por maior que tenha sido, mas, sim, a expressão da infinita unidade da natureza humana. E o que chamamos de moral e ética, juntamente com a prática da fazer o bem ao próximo, nada mais é senão a manifestação dessa unidade.

     8. Ensina-se ao homem: Tu és uno com o Ser Universal. Assim sendo, cada alma que existe é a sua alma; cada corpo que existe é o seu corpo. Ao ferir alguém, você fere a si mesmo, ao amar alguém, você ama a si mesmo. Logo que uma corrente de ódio é lançada, o mal que você causa também o prejudica, assim como o amor que flui de você está destinado a voltar para você. Eu sou o universo; esse universo é o meu corpo. Eu sou o Infinito, só que não estou consciente disso agora. Esforço-me, contudo, para alcançar essa consciência, e a perfeição virá ao atingirmos a plenitude dessa compreensão do infinito.

     9. Outra ideia característica da Vedanta é que nós devemos reconhecer a infinita diversidade do pensamento religioso, sem tentar impor a todos a mesma opinião, uma vez que a meta é a mesma.

     Como conseqüência, podemos verificar que essa antiqüissima filosofia inspirou diretamente o budismo, a primeira religião missionária do mundo, e, indiretamente, também o cristianismo, por intermédio dos alexandrinos, gnósticos e filósofos europeus da Idade Média. Mais tarde, por exercer influência sobre o pensamento alemão, ficou perto de levar a efeito uma revolução nas áreas da filosofia e psicologia. Entretanto, essa imensa contribuição foi oferecida ao mundo de forma imperceptível. 

Assim como o orvalho, que se condensa suavemente à noite traz sustento à vida vegetal, esta divina filosofia, de maneira lenta e quase despercebida, espalhou-se por todo o mundo em benefício da humanidade. Não foi necessário mobilizar exércitos para pregar esta religião. No budismo, uma das religiões mais missionárias do mundo, encontramos inscrições remanescentes do grande imperador Ashoka que registram como os missionários foram enviados à Alexandria, Antioquia, Pérsia, China e vários outros países do então mundo civilizado. Trezentos anos antes de Cristo, esses emissários receberam instruções para que não ultrajassem as outras religiões: A base de todas as religiões é a mesma, onde quer que estejam. Procurem apóia-las tanto quanto puderem, ensinar-lhes tudo o que for possível, mas não as hostilizem.

     10. Sabendo que consciente ou inconscientemente estamos nos esforçando para alcançar a mesma meta suprema, por que haveremos de impacientar-nos? Se um homem é mais lento que outro, não precisamos perder a paciência e insultá-lo ou humilhá-lo. Quando nosso olhos se abrem e o coração se purifica, em virtude da atuação dessa influência divina, o desenvolvimento dessa divindade no coração humano se manifestará, e só então estaremos em posição de postular a fraternidade do homem.

     O homem que alcança o ápice não vê homem, mulher, sexo, credo, cor, nascimento ou qualquer dessas diferenças. Ele vai além e realiza a divindade que é o verdadeiro homem por detrás de cada ser humano. Somente então ele atinge a fraternidade universal e apenas este homem põe em prática a Vedanta.
     Esses são alguns dos efeitos históricos e práticos da Vedanta.

Seleção do livro "O que é religião" de Swami Vivekananda

Lua nova em Sagitário entrou em 11 de janeiro de 2013



Lua nova em Sagitário entrou em 11 de janeiro de 2013

O sol e a lua vão estar em conjunção em Sagitário em 11 de janeiro de 2013. Quando o sol e a lua se encontram é como se o espermatozoide encontra óvulo e da vida é começa! Neste caso, a vida é Sagitário em 2013 para todos nós, e esta nova vida para cada um de nós está sendo criada agora... Muito bom começar de novo e colocar em prática o que aprendemos com os erros passados! 


Sagitário é regido por Júpiter, expressando seu lado masculino. Júpiter, o planeta do crescimento, da esperança e do ensino superior, espiritual, se expressando ativamente no signo de Sagitário. O elemento fogo de Sagitário é sobre delimitação e clareza. Nossas crenças assumem agora, mais do que nunca, essa qualidade, ou pelo menos deveriam... para o nosso bem. Mesmo que isso soe como sensibilidade e julgamento e desencoraja ser crítico, na verdade todos nós julgamos as coisas como boas ou más. Nosso senso de julgamento vem de Júpiter.


Se não temos o sentido de certo e errado a nossa vida vai ser uma bagunça completa. Considerando os nossos princípios e crenças são eles que dão sentido e propósito à nossa vida. Certas pessoas e situações naturalmente vão ativar este processo de Júpiter. Ter filhos, automaticamente nos dá um novo sentido desse propósito e normalmente nos inspira a sermos uma pessoa melhor. É por isso que Júpiter é o indicador das crianças. Além disso, temos que ensinar nossos filhos e eles nos ensinam também. A lua nova em Sagitário vai levantar muitas questões interessantes no que se refere ao nosso senso de significado e propósito, nossos relacionamentos e a nossa capacidade de compreender os nossos ensinamentos, não apenas acreditar neles cegamente.




Mercúrio em Sagitário


Além do sol e da lua estarem em Sagitário- inteligência/ Mercúrio, o planeta de detalhes, falar a verdade também é em Sagitário. É Mercúrio que investiga as nossas crenças e quer que elas façam sentido para nós. De muitas maneiras, Mercúrio é o oposto de Júpiter. Você pode pensar em Júpiter como uma figura religiosa - inspirado e cheio de esperança - e Mercúrio como um cientista cético - difícil de convencer e detalhista.


O Sistema  de crença indiana é amplo e científico. Por exemplo, a yoga não é uma religião, é uma prática. Você não tem que acreditar nesse sistema a fim de obter um benefício. É a partir da Índia, mas não é só para os indianos. Assim como a medicina desenvolvida no Ocidente vai funcionar tão bem para  ocidentais como orientais, yoga funciona bem para todos, porque é ciência. Você não tem que acreditar em aspirina para que ela tire a sua dor de cabeça. A mistura de teoria (Júpiter) e prática (Mercúrio) é o que leva à espiritualidade, não a religião simplesmente (Júpiter) - ou ciência (Mercúrio). Ensinamentos que não fazem sentido para nós, a partir de agora, vão ser abandonados, ou seremos hipócritas sobre eles.


Chandrika Dias